Já era bem depois da meia-noite
E o navio ainda não chegara
Esta noite sera longa
De admirar a beira do cais
Com o frio a cortar o quebra peito
Você não vem ver ne
Eu estarei dançando sozinho ao relento
com problemas e dúvidas
E estranho: tão real no escuro
Pense como seria esta situação em outro pais
Na área portuária
Melhor na carga que o navio trás
Quando esta luz chegar ao porto ....
Acontecera uma lenta mudança que pode nos afastar
Não se esqueça do que eu disse
Não, não, não, não
Não se esqueça das palavras
A chuva voltou
Com o frio a cortar o quebra peito
E vaidade ou insegurança
Outra cabeça se abaixa humildemente
E o navio nada de atracar
O que não da para entender
Em tempo de tanta informação
Se tira o navio que ta a milhas do cais que vejo
E o silêncio se da na sala daquele que tudo sabe
Quem estamos enganando?
Mas veja bem, não sou eu
sera o sitema
Os mesmos que não detectaram a bolha de 2008
Dão as cartas nos portos
É a mesma velha história
So que no lugar dos tanques e dos cassetetes
Entrou a mídia com seus especialistas mostrando o caminho .
Hávera uma casa neste Sol Nascente
Para esquentar a ruína deste peito cansado
Mudança esta que pode nos transformar estivadores em caminhoneiros do cais
A única coisa que um estivador precisa
É respeito
E a única hora que ele estará satisfeito
É quando ele se sentir respeitado
Bem, estou com um pé na beira do cais
E o navio onde iria fazer minha lingada
Esta a milhas de distancia da barra de Santos
Eu estou dançando sozinho no relento
O que tem sido a ruína de muitos estivadores
Com o frio a cortar o quebra peito .
Nenhum comentário:
Postar um comentário