7 de jun. de 2018

A espera

Já era bem depois da meia-noite
E o navio  ainda não chegara
Esta noite sera longa 
De admirar a beira do cais 
Com o frio a cortar o quebra peito 

Você não vem ver ne
Eu estarei dançando sozinho ao relento 
com problemas e dúvidas
E estranho: tão real no escuro
Pense como seria esta situação em outro pais 
Na área portuária
Melhor na carga que  o navio trás 

Quando esta luz chegar ao porto ....
Acontecera uma  lenta  mudança que pode nos afastar

Não se esqueça do que eu disse 
Não, não, não, não
Não se esqueça das palavras

A chuva voltou
Com o frio a cortar o quebra peito 
E vaidade ou insegurança
Outra cabeça se abaixa humildemente
E o navio nada de atracar 
O que não da para entender 
Em tempo de tanta informação 
Se tira o navio que ta a milhas do cais que vejo 
E o silêncio se da na sala daquele que tudo sabe 

Quem estamos enganando?

Mas veja bem, não sou eu
sera o sitema 
Os mesmos que não detectaram a bolha de 2008
Dão as cartas nos portos 
É a mesma velha história
So que no lugar dos tanques e dos cassetetes 
Entrou a mídia com seus especialistas mostrando o caminho . 
Hávera  uma casa neste Sol Nascente
Para esquentar a ruína deste peito cansado 
Mudança  esta que pode nos transformar  estivadores em caminhoneiros do cais 

A única coisa que um estivador  precisa
É respeito
E a única hora que ele estará satisfeito
É quando ele se sentir respeitado 

Bem, estou com um pé na beira do cais 
E o navio onde iria fazer minha lingada 
Esta a milhas de distancia da barra de Santos 
Eu estou dançando sozinho no relento 
O que tem sido a ruína de muitos estivadores 
Com o frio a cortar o quebra peito .

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