16 de jul. de 2018

O X do Acidente Portuário

O imbróglio acidental  que ocorreu no ultimo sábado  8, que envolveu um estivador com  experiencia profissional de mais de 20 anos , não é um caso isolado ou inédito.
A divulgação deste acontecimento revelam fatos desconhecidos e ajudam a desconstruir mitos criados sobre a dita automação no cais Santista .A complexidade do acidente  de ver  foi difundida  não como mera  marca negativa ao nome do operador portuário ou mesmo do porto  , mas para que não venha a ocorrer novamente  , ou se venha a ocorrer o resultado de seu risco seja bem menor  em contraposição do ultimo .
Produziu  um procedimento operacional sem o senso comum  numa fragmentária, uma série permanente de tentativas interrompidas, de recomeços que não são continuados.O X da questão e que hoje os terminais tão mais pra políticos , igualzinho a Dilma e o Aécio falando e mostrando o que seus marqueteiros produziram e deixando atras e isolados pelos tapumes dos sets de gravação a realidade ..

A divulgação do acidente aos profissionais da área portuária pormenoriza e contextualiza cada evento significativo da função a ser realizada .Um  recorte  empírico  para apontar erros factuais e desmontar algumas “teses”  criadas para lustrar   ou macular   a imagem e a reputação do profissional de estiva .
Teorias conflitantes entre si, ancoram-se em pensamentos irreais  que se consideram influenciados pela verdade pura do mercado que a Lei de Modernização portuária ,Lei 8.630 de 1993, eliminou numa canetada todos os riscos na beira do cais  e  20 anos apos com um despacho da Nova Lei dos Portos ,lei 12815 de 2013, dizimou a insalubridade , a periculosidade e o risco portuário .
Crítico à postura de uma operação comandada por um DDS extra sensorial com uma continua repetição , mas pelo menos neste ambiente temos acesso as informações e as imagens em tempo real  ,por outro lado tem terminal que passa pelo mesmo imbróglio acidental mas somente temos o dissabor de ter conhecimento apos o trabalhador ser mandado embora ou durante pesquisas de campo nos  hospitais e nos  fóruns trabalhistas .
Quem é  da mare na beira do cais coleciona histórias de operadores portuários que de alguma maneira tentam dificultar o acesso a informações que deveriam ser públicas. Todo mundo sabe que isso existe, mas poucas vezes se viu uma demonstração tão explícita de impedir a informação que e a proibição de portar aparelho celular .Acaba sendo este o grande temor ao impedir os estivadores de portarem seus celulares .O que da aos próprios  tempo para refletir sobre questões de  conflitos trabalhistas,ergonômicos  e incidentes .Na contra mão de respostas diretas e estudos práticos para redução do determinado risco .O levantamento local dos terminais  em termos de automação em nenhum dos passos se averiguou um nível minimo de tal determinação  de  inovação em campo deixando transparente que os estivadores  lidam com uma tecnologia com muito jeitinho brasileiro .

Como em uma novela, o trabalhador paga um preço o que  revela-se mais um custo, não somente a ele e seus familiares mas ha toda sociedade que tem seus impostos direcionados, para sanar os equívocos dos gestores .  Quando se narra a sucessão de fatos trágicos de acidentes  que vão  da morte ha uma aposentadoria por invalidez  .Sendo que nas quedas de agulheiros , do que se trata este episodio , aposentadoria somente esta sendo dada a estivadores acima de 50 anos os estivadores afetados diretamente por este risco   com idade a  abaixo desta idade ficam de 3 a 12 anos afastados e depois retornam com uma serie de restrições .
Num porto que sofreu uma metamorfose ambulante desde 1993 em decorrência a um processo de mecanização e de dialogo de segurança e saúde   e continua com seu risco portuário  vivo ,algo que somente pertence a área portuária e a cada convés e porão de navio que atraca nos portos do mundo  .

Imagem Olhar do Cais

Um comentário:

  1. Nas questões de segurança é uma briga de gato e rato. Os tpa's muitas vezes são relapsos em relação a segurança, porem o operador portuário tbm tem uma grande parcela de culpa nas condições de ST. Assumem operações sem equipamentos adequados as vezes. O setor de segurança do OGMO mantido, por lei, pelos operadores portuarios ficam de mãos atadas com medo de represálias. A solução seria federalizar os OGMO's. Deveriam anexar esse órgão a ANTAQ ou SEP, seriam fonte de consulta para as mazelas de segurança para esses órgãos, pois os OGMO's possuem pessoas com grandes conhecimentos operacionais nas questões de carga e descarga de navios e serviços correlatos. O problema pra sua eficiêcia é esse cordão umbilical com os operadores portuários.Tenho certeza que com essa independência, os OGMO's contribuiriam significativamente para a melhorias nas condições de trabalho e segurança do setor portuário.

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