Nesse porto nascemos
Nesse cais fomos jogados
Como um conteiner vazio
jogado ao relento a sorte do tempo
Ah, mantenha seus olhos na cabo, suas mãos na carga
No fundo do porão prestem atenção
Essas são as regras para os que gostam de aproveitar seu tempo livre
O risco esta no ar
Por isso
O momento de hesitar termina no costado
Não há tempo para lamentações
Para o estivador a carga não e uma estranha
Navios parecem feios quando você está sozinho
O porão se torna cruel quando você esta exausto
O oxigênio foge dos pulmões no espaço confinado do porão
Sendo somente alcançado
Ao escalar a escada de quebra peito
Nesse porto nascemos
Nesse cais fomos jogados
Como um conteiner vazio
Labutando ao relento a sorte do tempo
Se achas que atravessando o conteiner no costado
E falando na TV destemperos
eu irei embora com uma mão na frente e outra atras
Este é o plano elaborado
Uma selvageria com um grande orçamento
Você esquece que
O estivador e o
Viajante da lingada
Na chuva de racha
No sol de lasca
Na insalubridade da carga perigosa
No rechego de sufocar
Cenas estranhas de uma área mecanizada
Onde o risco portuário
E parceiro de lingada
No costado , no convés ou no porão
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