28 de out. de 2018

Um andar solitário

Eu me dedico ao meu trabalho,
São horas e horas para se qualificar .
Eu  dou tudo o que tenho por dentro
Me  requalificando anualmente
E você me fala que não tenho direito 
mas somente agora 
apos a curva dos 40
Quando você veio em minha direção,
Você clareou a qualificação e a solução
Com um  doce sorriso.
E  acreditei 
Pois já corria atras 
E continuo correndo

Me movendo no espaço  confinado com mínimo desperdício

E máximo prazer na condução da carga
E as Luzes do holofote iluminando o porão 
Com  desejos na busca de  atingir a talha
Vigiado pelos céus no descanso das estrelas 
Sem espaço para terminar mas com hora para começar
com  licença para amar, o balanço do grabe  na busca do piso 
Remando no porão transformo tristeza em alegria 

Num matrix  alavanca , Joystick  e o estivador 
Tornam se um só corpo 
desbravando um mundo sem preconceitos  

Eu me dedico ao meu trabalho,
São horas e horas para se qualificar .
Eu  dou tudo o que tenho por dentro
Me  requalificando anualmente

Você achou que eu iria abandonar 
Devido aos seus capitães do mato de confiança 
Você se esqueceu 
Esta impregnado no sangue 
É um andar solitário mas de alma coletiva
Num paraíso em plena terra 
Achou que era com os  olhos  que derrubaria as barreiras
Com frase de efeito rechegaria a carga para o centro 
Te digo que você age de forma erudita
Eu não faria isso
Há uma tempestade  entre a agulheiro e o convés 
E eu nunca senti este ambiente
Numa paranoia do gestor que sonha em ser trabalhador portuário.

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