6 de jan. de 2019

A Tradução portuária

Ao retirar o  calendário  do ano de 2018 da porta da geladeira  ,  ao olhar para este ano na  beira do cais se da conta que junto com ele ,foi se  a vida de 62 estivadores  em vários portos em todo o mundo. 

E esses são simplesmente os que se tornaram publico  em muitas  vezes graças as redes sociais .Infelizmente o setor  portuário , por determinação de seus gestores  vem proibindo o uso  e porte de celulares por  parte dos estivadores , como se quisessem tampar o sol com a peneira, por essa e por outras . Há, certamente, outros que partiram para um mundo melhor  na beira do cais , mais de real no preto no branco , em vários destinos e âmbitos , menos dentro deste ou daquele terminal .Por um mero detalhe técnico. 

Refletindo sobre esses acidentes  alem de ser muito triste e muito preocupante , a nossa profissão    tem de olhar pra dentro de suas entranhas sem preocupação financeira  .

De certa forma ha de  fazer o trabalho em um conjunto que busca  renunciar à lentidão numa  corrida, onde tempo e dinheiro  ,em busca de agradar os acionistas  .A preocupação com os responsáveis reais pelos recordes de produtividade  ano a ano  esta somente nos  pensamentos .

Mas por que os supervisores  deixam o jeitinho  empurrar para limites inaceitáveis,as margens de segurança .Qual o sentido, e falta de experiência ou de  responsabilidade para controlar o comportamento operacional que coloca em risco a segurança dos indivíduos  durante a operação portuária ,esta vitalidade continuada das atividades   coloca   todos em perigo; de todas as perspectivas imagináveis em todas as cargas manuseadas .

São  mesmas todas as condições inadequadas que ocorrem no ambiente de trabalho ou esta e a realidade nua e crua  numa exposição sem controle aos Riscos  .

O efeito da exposição a estes fatores é silencioso e causa lesões imediatas não so no  corpo mas na alma .
Como traduzir o dispêndio de energia  no esforço físico  num espaço confinado  de posições incomodas  e desconfortáveis  de atenção permanente e com  consciência da periculosidade do trabalho.Traduzido no porão do navio .


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