22 de mar. de 2020

Lado usual do covid19


Os estivadores não querem repressão, desejam inclusão por isso lutam com solidariedade e reivindicam condições dignas de trabalho e de vida, visando garantir direitos à sua categoria nas questões que pautam a luta por dignidade a comunidade portuária.
 Dentro dessa tradição de Batalha é difícil, para não dizer impossível, determinar com certeza, quando a solidariedade nasce no ventre da estiva, desde o início da profissão e um elemento de sua história na classe operária mundial.
Entretanto, “historicizar” as questões relativas à experiência das lutas da estiva na beira do cais ou na muralha. Sempre as origens dessas labutas estão ligadas não somente ao pecado capital da ganância, mas a eventos que geram precarização da mão de obra.

Os estivadores como prestadores de serviço na fronteira comercial tem a consciência de quem sofre na pele a ameaça da covid-19.

Nossa, mas no caso português a dobradinha, Estado e Empresas estão utilizando a pandemia para eliminar a dignidade portuária na muralha de Lisboa. A decisão de decretar o estado de emergência como um instrumento de suspensão de direitos fundamentais conquistados com a luta e determinação coletiva e solidaria de quem trabalha na muralha.

O Governo utiliza à ameaça à saúde pública gerada pelo coronavirus (covid-19) para suspender princípios fundamentais da democracia, como o direito à greve. 
Os estivadores foram despedidos, por ordens de Istambul, de Madrid e do Largo do Corpo Santo, em Lisboa, trabalhavam todos os dias, com elevada carga horária. 
Com a benção do parlamento e da república. Pois, as grandes empresas que terceirizam mão de obra são as favorecidas pelo mercado, o mesmo que nesta crise derrubou as bolsas e pede céleres atitudes dos Governos.

O estado mínimo reduz a velocidade resposta a doença, principalmente onde não se cobrou responsabilidade social aos donos dos hospitais particulares para atender os doentes com seus leitos vagos. Se numa situação critica tem esta postura, não vai se preocupar se as empresas não estão cumprindo as medidas obrigatórias de prevenção a doença.


Os estivadores estão indignados com falta de prevenção.
Denunciam as situações que colocam os trabalhadores em risco o fato ocorre em Sines, mas somente neste porto é que o empresário esta agindo desta forma com os seus prestadores de serviço. Estas atitudes são mais comuns nos terminais que proíbem o porte e uso de celulares.

Para além disto os trabalhadores estão preocupados pela forma como são transportados em ônibus lotados e nas barcas de travessia colocando a saúde e um possível contágio dos mesmos. 

Pois, se por infelicidade um estivador for infectado e internado ou enviado a uma UTI o que sera dos demais estivadores daquele turno de trabalho. Uma coisa e certa no jornal na capa não estará, funcionário do operador portuário tal, esta, contaminado, mas provavelmente sera, estivador contraiu coronavírus.


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