O assalto à mão armada, na rua Joaquim Távora, dois jovens pedalando na rua se apresentam como fato totalmente estranho ao percurso e com força maior, levam os bens de um estivador que voltava as 5:45 da manhã da beira do cais. Numa atitude incontroversa a efetiva realização das condutas de respeito ao próximo, os jovens colocam a arma na cara do estivador.
Depende somente de você e pé na bunda.
Tranquilo ao deixar a filosofia numa meditação da morte no olhar fixo ao cano do berro apontado a sua face. Naqueles segundos de silêncio. Pensando na mãe e no pai chorando, numa meditação sobre a passagem.
Os moradores na janela em silêncio espiando, os jovens vão embora o estivador olha ao redor. Ufa estou inteiro foram-se os anéis ficam os dedos, foi salgada a perda em um minuto, 3000 reais em bens comprados em lojas da cidade, bike, celular, aliança, boné e carteira de estiva.
Voltando a pé para casa lembro de várias formas de assalto que o estivador sente na pele.
A postura da mídia da cidade portuária, que inclusive atravessam a transparência da informação de alto a baixo. Uma tendência autoritária e estrutural em busca de visualizações. A partir de sentir na pele, os estivadores passaram a reconhecer essa evidência. No entanto, a partir daí gerou-se uma informação que não é muito construtiva porque vai de um extremo para outro.
Antes, os problemas eram os avulsos hoje são os funcionários que nem sequer são mencionados, agora passam a ideia de que nessa comunidade portuária o ser a ser exterminado e o estivador, com o autoritarismo na veia, da vida profissional portuária, como se o operador portuário fosse uma expressão mecânica da profissão.
O que é uma incongruência na beira do cais?
Teriam sido absorvidas pelo processo da favelização portuária.
Agora, vamos dizer então que as tradições de estiva foram eliminadas?
Não, elas continuam presentes. Mas ao tratar das questões estruturais percebe-se um procedimento que busca eliminar a profissão da história.
E como essa reflexão pode explicar as ações para expurgar a ESTIVA?
Para a compreensão desta postura empresarial a necessidade de refletir sobre duas outras dimensões, sem desprezar essa tradição estrutural gerencial. Uma delas é a convicção, que vem dos bancos acadêmicos e das janelas de onde olhavam a operação portuária, desde o processo da transição do neoliberalismo nos portos, lei 830/1993.
É uma grande conjuntura de 20 anos, no contexto da qual teve muitas decisões políticas que foram contribuindo gradativamente para, de um lado, a manutenção das convicções e, de outro lado, um certo jeitinho brasileiro do sistema que se tornou base para, a Lei 12 830/2013. Esse sistema vem progressivamente sendo levado para o judiciário. Esta mudança dos corredores de brasília para os eventos jurídicos geraram, terminais automatizados com dois homens ou mulheres para a mesma profissão, o avulso e o vinculado, levando a beira do cais uma reformista trabalhista sem indenização a parte prejudicada.
Esse novo modelo de prestação de serviço portuário nasce anunciando um projeto neoliberal reformista na redução de custo da mão de obra. Que já vinha sendo aplicada ao longo do tempo pelos gestores e seus RHs fechando a porta ao TPA, nas seleções para vínculo. Sonhando com trabalhadores terceirizados, caso já posto em prática na área do porto desorganizado. Esta, ha real reforma que realmente transformaria em terra precarizada a beira do cais santista.
Desde 1998 este porto, apresenta índices de desigualdade econômica e redução da massa salarial. Apesar do porto todo ano bater recordes na movimentação de cargas.
Isso também é muito claro nos cargos de chefia ocupados por pessoas sem nenhuma experiencia em fazer lingada. Entendo as razões de opressão aos TPas que estudaram, a convicção tornou os terminais terras sem tpas, mas com profissionais recorrentes de todas as classes menos a portuária. Procedimentos de gerenciamento de RH incompatíveis com os portos mais eficientes do mundo.
Nossa, em tempos de pandemia, não podemos esquecer que ate a COVID19 foi usada como arma contra o estivador, tendo uma MP como instrumento de dor.
A MP 945/2020 altera o modelo cultural dos TPAs, impedindo o direito de fazer lingada, gestantes, lactantes, pessoas a partir de 60 anos ou com doenças pré-existentes.
Deixando trinta dias sem renda . A MP 945/2020 precariza o trabalho portuário.
Por outro lado, fez ser sentida a solidariedade com Tpas doando cestas básicas para os companheiros prejudicados pela Mp, enquanto os empresários do setor ficaram reclamando do governo não ter dado nada. De acordo com a MP, esse custo será mantido pelos operadores portuários que requisitarem os trabalhadores, que terão direito a um desconto nas tarifas portuárias em valor equivalente ao da indenização a ser paga, ou necessário ao reequilíbrio de seus contratos. A preocupação do setor empresarial é, adotadas todas as medidas, como o governo vai ressarcir esse valor a operadores futuramente.
Não podemos esquecer que o governo Bolsonaro e pro empresario e defende com força suas solicitações.“O trabalhador terá que escolher entre mais direito e menos emprego, ou menos direito e mais emprego”.
Assim, não posso esquecer a atitude anti social dos sindicalistas contrários a multifuncionalidade, possibilidade de um trabalhador portuário exercer funções diferentes de sua categoria originária, após obter a devida capacitação através do OGMO, permitindo a ascensão e a ampliação de suas aptidões profissionais, sem prejuízo das especializações de sua categoria original , exercer seis diferentes funções, díspares entre si.
Chegando em casa com orgulho ferido, mas de alma lavada.
Hora o assalto orienta, reeduca, mas demonstra que existem varias formas de retirar do estivador o seu ganha-pão.
Depende somente de você e pé na bunda.
Tranquilo ao deixar a filosofia numa meditação da morte no olhar fixo ao cano do berro apontado a sua face. Naqueles segundos de silêncio. Pensando na mãe e no pai chorando, numa meditação sobre a passagem.
Os moradores na janela em silêncio espiando, os jovens vão embora o estivador olha ao redor. Ufa estou inteiro foram-se os anéis ficam os dedos, foi salgada a perda em um minuto, 3000 reais em bens comprados em lojas da cidade, bike, celular, aliança, boné e carteira de estiva.
Voltando a pé para casa lembro de várias formas de assalto que o estivador sente na pele.
A postura da mídia da cidade portuária, que inclusive atravessam a transparência da informação de alto a baixo. Uma tendência autoritária e estrutural em busca de visualizações. A partir de sentir na pele, os estivadores passaram a reconhecer essa evidência. No entanto, a partir daí gerou-se uma informação que não é muito construtiva porque vai de um extremo para outro.
Antes, os problemas eram os avulsos hoje são os funcionários que nem sequer são mencionados, agora passam a ideia de que nessa comunidade portuária o ser a ser exterminado e o estivador, com o autoritarismo na veia, da vida profissional portuária, como se o operador portuário fosse uma expressão mecânica da profissão.
O que é uma incongruência na beira do cais?
Teriam sido absorvidas pelo processo da favelização portuária.
Agora, vamos dizer então que as tradições de estiva foram eliminadas?
Não, elas continuam presentes. Mas ao tratar das questões estruturais percebe-se um procedimento que busca eliminar a profissão da história.
E como essa reflexão pode explicar as ações para expurgar a ESTIVA?
Para a compreensão desta postura empresarial a necessidade de refletir sobre duas outras dimensões, sem desprezar essa tradição estrutural gerencial. Uma delas é a convicção, que vem dos bancos acadêmicos e das janelas de onde olhavam a operação portuária, desde o processo da transição do neoliberalismo nos portos, lei 830/1993.
É uma grande conjuntura de 20 anos, no contexto da qual teve muitas decisões políticas que foram contribuindo gradativamente para, de um lado, a manutenção das convicções e, de outro lado, um certo jeitinho brasileiro do sistema que se tornou base para, a Lei 12 830/2013. Esse sistema vem progressivamente sendo levado para o judiciário. Esta mudança dos corredores de brasília para os eventos jurídicos geraram, terminais automatizados com dois homens ou mulheres para a mesma profissão, o avulso e o vinculado, levando a beira do cais uma reformista trabalhista sem indenização a parte prejudicada.
Esse novo modelo de prestação de serviço portuário nasce anunciando um projeto neoliberal reformista na redução de custo da mão de obra. Que já vinha sendo aplicada ao longo do tempo pelos gestores e seus RHs fechando a porta ao TPA, nas seleções para vínculo. Sonhando com trabalhadores terceirizados, caso já posto em prática na área do porto desorganizado. Esta, ha real reforma que realmente transformaria em terra precarizada a beira do cais santista.
Desde 1998 este porto, apresenta índices de desigualdade econômica e redução da massa salarial. Apesar do porto todo ano bater recordes na movimentação de cargas.
Isso também é muito claro nos cargos de chefia ocupados por pessoas sem nenhuma experiencia em fazer lingada. Entendo as razões de opressão aos TPas que estudaram, a convicção tornou os terminais terras sem tpas, mas com profissionais recorrentes de todas as classes menos a portuária. Procedimentos de gerenciamento de RH incompatíveis com os portos mais eficientes do mundo.
Nossa, em tempos de pandemia, não podemos esquecer que ate a COVID19 foi usada como arma contra o estivador, tendo uma MP como instrumento de dor.
A MP 945/2020 altera o modelo cultural dos TPAs, impedindo o direito de fazer lingada, gestantes, lactantes, pessoas a partir de 60 anos ou com doenças pré-existentes.
Deixando trinta dias sem renda . A MP 945/2020 precariza o trabalho portuário.
Por outro lado, fez ser sentida a solidariedade com Tpas doando cestas básicas para os companheiros prejudicados pela Mp, enquanto os empresários do setor ficaram reclamando do governo não ter dado nada. De acordo com a MP, esse custo será mantido pelos operadores portuários que requisitarem os trabalhadores, que terão direito a um desconto nas tarifas portuárias em valor equivalente ao da indenização a ser paga, ou necessário ao reequilíbrio de seus contratos. A preocupação do setor empresarial é, adotadas todas as medidas, como o governo vai ressarcir esse valor a operadores futuramente.
Não podemos esquecer que o governo Bolsonaro e pro empresario e defende com força suas solicitações.“O trabalhador terá que escolher entre mais direito e menos emprego, ou menos direito e mais emprego”.
Assim, não posso esquecer a atitude anti social dos sindicalistas contrários a multifuncionalidade, possibilidade de um trabalhador portuário exercer funções diferentes de sua categoria originária, após obter a devida capacitação através do OGMO, permitindo a ascensão e a ampliação de suas aptidões profissionais, sem prejuízo das especializações de sua categoria original , exercer seis diferentes funções, díspares entre si.
Chegando em casa com orgulho ferido, mas de alma lavada.
Hora o assalto orienta, reeduca, mas demonstra que existem varias formas de retirar do estivador o seu ganha-pão.

BOA DEFINIÇÃO DA ATUAL REALIDADE PORTUÁRIA,PRINCIPALMENTE A DO ESTIVADOR.
ResponderExcluirQUE ESTA SENDO ACHATADO EM SEUS DIREITOS TRABALHISTAS E FINANCEIROS. ..CONTINUA AI GUERREIRO. A VOZ DO PORTO NÃO PODE CALAR NESSAS HORAS.
DEUS NOS ABENÇOE.!!!