10 de jun. de 2020

A ojeriza nos portos.

As previsões para o desempenho da economia na beira do cais ao longo de 2020 é uma grande incógnita até o presente momento. Existe um conjunto de variáveis sobre as quais não se têm o menor conhecimento e muito menos controle no trabalho avulso. O clima generalizado de incerteza criada pela (MP) da precarização Portuária não permite que se confira “técnicas” de respeito social nesse eufemismo para fugir ao nome adequado e incômodo para caracterizar o fenômeno que retirou renda dos tpas acima de 60 anos e dos aposentados com direito ao trabalho.

Apesar desse quadro geral de dificuldades os tpas não tem como fugir à pergunta. De quanto será a indenização ao tpa nos portos brasileiros? Se na beira do cais marcada por menor incerteza essa tarefa já é empurrada com a barriga, esse exercício torna-se ainda mais dramático atualmente.

Na realidade nacional o Ministério da Saúde estudou a ampliação do número de análises para diagnóstico de novo coronavírus no Brasil, com a importação de testes rápidos. Mas seguirá priorizando a análise de pacientes com potencial de desenvolver quadro grave em locais que já apresentam transmissão comunitária do vírus. Os portos não aplicaram uma política de testar os trabalhadores que frequentaram locais com transmissão comunitária onde funcionários ou TPAs deram positivo. Em uma simples conferência entre os portos de Imbituba, Itajaí, Maceio, Paranagua, Recife, Rio de Janeiro, Rio Grande, Santos, São Sebastião, Vitoria e terminais de fora da area de porto organizado. Não se tem ciência de informações de procedimento realizado para testar os trabalhadores portuários das autoridades portuárias, TPAS,OGMOs ou funcionários de terminais portuários em locais de trabalho onde se notificou casos positivos de covid 19.


Ministério da Saúde não sabe quantos testes de coronavírus foram feitos no Brasil o Governo diz apenas que distribuiu cerca de 550 mil exames destes 54 mil testes de biologia molecular (conhecidos como PCR).
A realização de testes nos trabalhadores da atividade portuária permite não só isolar infectados e deixar que a população sadia circule como também ter números mais reais sobre a taxa de infecção nos portos e elaborar políticas de saúde a partir desses dados.
Os efeitos da pandemia internamente e as necessárias medidas de confinamento, com consequente redução do direito de fazer lingada com efeitos da incapacidade dos empresários portuários em apresentar um programa mínimo de assistência social aos TPAs durante o combate ao civid19, com o objetivo de tornar a beira do cais um ambiente seguro e atenuar as consequências econômicas e sociais dos portos.
Devemos salientar que segundo o Ministério da Saúde, durante o programa da 22ª Campanha Nacional de Vacinação Contra o Vírus Influenza.
Nos Portos organizados foram aplicadas vacinas, distribuídas entre os trabalhadores portuários avulsos (TPAs), funcionários do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), de terminais portuários e das autoridades portuárias.

A Campanha de Vacinação dos Trabalhadores Portuários é resultado de uma parceria entre a autoridade portuária, associações de operadores portuários, Intersindical Portuária, OGMO, e Secretarias Municipais de Saúde através do Departamento de Vigilância Epidemiológica.
A pandemia vem demostrando ao longo das semanas a incapacidade de avaliar os efeitos inescapáveis de uma grave epidemia, que já se anunciava inevitável quando começou a se espalhar para além das fronteiras chinesas e da Itália. Chegando nos navios de passageiros e de carga.

Pois, os nossos gestores portuários pareciam não se preocupar com isso. Até o início de março, eles seguiam leves e soltos, surfando na onda de otimismo permanente propagandeado que era estéria de estivador.
Tem havido muita discussão sobre a melhor forma de lidar com a pandemia de coronavírus, mas se há duas coisas com as quais o TPA concorda a autoridade portuária e órgãos de fonteira deveriam estar mais bem preparados e ter trabalhado. Afinal, parece mais ou menos evidente que é obrigatório num ambiente com partículas suspensas o uso de EPIs.
Mas há um problema nisso, alcançar um EPI, que se tornou um objetivo lutado, não utilizada, significa perder um direito e aceitar uma flexibilidade de diretos conquistados para o bem da saude no trabalho e depender da sorte.
Neste momento na beira do cais se lida com choques exógenos. Ha burocracia portuária com gates lotados e aplicativos com somente 15 porcento de uso "homens ociosos, máquinas ociosas e EPI ocioso".

Mas há uma contradição no pensamento do TPA aqui, porque ele também reconheceu que uma coisa e o porto para o trabalhador e o outra e o porto do operador portuário, gerido por especialista em redução de custo a qualquer custo.
Em retrospectiva, parece que esse é um dos problemas na beira do cais. Na comunidade do entorno do porto seus trabalhadores lutam “para obter para todos ao menor custo para tudo, a maior soma de felicidade para todos”.
De modo geral, ameaças exógenas como a imposição da vinculação a redução dos ternos a não aplicação da multifuncionalidade e empecilhos a sua funcionalidade agem como mecanismos de pressão empresarial, forçando os tpas a redobrar seus esforços para combater a falta de solidariedade coletiva.
Todo mundo fica dizendo que estamos vivendo tempos estranhos, mas o que é estranho são as mudanças de gestão buscando garantir seus lucros, renovando esta teoria na patica nos bolsos dos TPAs.

*Ojeriza se refere a um sentimento de aversão, repulsa, nojo, repugnância, antipatia e rancor em relação a algo ou alguém.

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