1 de jul. de 2020

Breque dos APPS

Nesta quarta-feira (1), aconteceu a paralisação de entregadores de aplicativo em cidades pelo Brasil.

 Os profissionais da categoria cruzaram os braços por 24 horas em protesto por respeito social. Os entregadores pedem que os clientes não usem os aplicativos nesse período, para apoiar a greve. 

Os aplicativos de entrega são a principal fonte de renda de mais de 3,8 milhões de brasileiros. Quem não pode fazer quarentena e tem que ir trabalhar vê pelas ruas a correria de bicicletas e motos carregando na mochila uma rotina exaustiva de mais de 12 horas de trabalho, salários baixos e nenhum vínculo empregatício com as multinacionais contratantes.


Numa escravatura digital, sistema criado por pessoas de uma classe social que foram criados sem saber o que e respeito com o próximo. Essa Treta no Trampo, deixou nu a fase mais cruel do neoliberalismo, a uberização do trabalho, com o empreendedorismo tão propagado nos programas de tv, nas capas das revistas e nas primeiras paginas de jornal.

Em abril os trabalhadores de aplicativo das empresas Glovo, Rappi, Requests, Solicitation Ya e Uber Eats realizaram uma greve geral de 24 horas que ocorreu na Argentina, Espanha, Equador, Costa Rica, Guatemala e Peru, exigindo aumento salarial e garantias de emprego.
O movimento social foi promovido a partir de "redes sociais".

A importância das lutas virtuais no Facebook e Instagram só farão sucesso quando impactarem a sociedade sobre o prejuízo que os aplicativos causam nos mensageiros e entregadores Em suas bikes ou motos.

O IBGE estima que os entregadores cadastrados em aplicativos como Rappi, iFood e UberEats representam 23% dos 23,8 milhões de trabalhadores dessa categoria.

O covid 19 escancaro o intenso fluxo de capital improdutivo de gigantes empresas que nada produzem,Rappi, IFood, Loggi, James e Uber Eats, mas lucram milhões com a precarização dos empreendedores que prestam serviço as plataformas, mas também demostra como a reforma trabalhista, do governo de Michel Temer em 2017. 

Que acentuou a precarização do trabalho. Permitindo a terceirização em todos os níveis da atividade, tratando qualquer trabalhador como autônomo. Empresas que cordialmente não garantem nenhum direito, muito menos com a segurança do trabalhador.
Entregadores de aplicativos como Rappi, Loggi, Ifood, Uber Eats e James cruzaram os braços em 14 estados e no Distrito Federal.
Em meio à pandemia, somente uma vez receberam equipamentos de segurança pessoal, como máscaras e álcool em gel.
O Breque dos Apps, foi organizado por grupos de empreendedores que se sentem enganados pela mídia e escravizados pelos mauricinhos sem respeito pelo suor alheio.


São Paulo a concentração principal, aconteceu na Avenida Paulista e seguiram o trajeto, passando pela prefeitura até a Ponte Estaiada, na zona sul.
Rio de Janeiro
A Praça da Candelária foi o palco principal para as reivindicações dos trabalhadores.
Na capital mineira, Belo Horizonte, os entregadores se reuniram na Praça da Assembleia.
Houve registros em Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul.


Segundo a turma haverá nova treta no trampo em breve.

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