12 de ago. de 2020

Cruza-se os braços em Montreal

As operações no Porto de Montreal, o segundo porto comercial do Canadá, permanecem suspensas pelo segundo dia, pois, os estivadores do Sindicato Canadense de Funcionários Públicos (CUPE) continuam de braços cruzados contra a política de precarização, a Associação de Empregadores Marítimos (MEA). O movimento social trabalhista e resposta pela falta de um contrato nos últimos 18 meses.

Dizendo que tinha fé no processo de negociação coletiva, o ministro do Trabalho do Canadá emitiu uma declaração de que o governo se recusava a intervir na greve neste momento. Isso apesar dos apelos de grupos empresariais de toda a província para que o governo se envolvesse.

Demonstrando a falta de um contrato coletivo desde o início de 2019, o que regula um salário descente, horários de turnos e condições de trabalho, os 1.125 estivadores, encarregados e trabalhadores de manutenção membros da CUPE notificaram na última sexta-feira a intenção oficial de greve. Como não foi possível chegar a um acordo atédomingo, 9 de agosto.



O serviço de atracação e de estivagem fornecido pelos estivadores pararam oficialmente às 7h da segunda-feira, embora o Porto de Montreal tenha dito que o manuseio de granéis líquidos, grãos e o embarque de mercadorias para Labrador e Newfoundland continuarão. Os armadores, já desviaram seus navios para portos de Halifax e Saint John no Canadá, bem como para Nova York. Oito navios já haviam sido desviados para outros portos até o meio-dia de segunda-feira, segundo Mélanie Nadeau, diretora de comunicações da Autoridade Portuária de Montreal (MPA). Um deles é o Livorno Express da Hapag-Lloyd, um navio com capacidade para 3.838 Teus no Serviço Mediterrâneo-Canadá (MCA). Ele foi desviado de Montreal para o Terminal DP World em Port Saint John, New Brunswick, Canadá, com chegada estimada em 22 de agosto.

A Hapag-Lloyd desviou o Detroit Express para Saint John e o Montreal Express para o Porto de Halifax na Nova Escócia, Canadá. Os armadores alertam seus clientes para a expectativa de atrasos nos embarques durante a greve.

Para os trabalhadores ha uma grande ma vontade dos empregadores, pois, já aconteceu 65 reuniões para negociação, acordo coletivo expirou em 31 de dezembro de 2018,mas permanece um impasse.Para a associação de empregadores a solução está em uma “trégua que resultaria em arbitragem vinculativa se nenhum acordo fosse alcançado após dois meses”.

Na verdade, os trabalhadores não tinham outra opção se não um movimento social de cruzada de braços no porto. “Fizemos uma greve na sexta-feira para restaurar o equilíbrio na negociação, ao mesmo tempo, em que oferecemos uma trégua para abrir o porto e fazer com que as partes se concentrassem na negociação de um acordo coletivo”, Michel Murray, do CUPE. “O MEA, os armadores e as companhias marítimas são os únicos responsáveis ​​pelo fechamento e manutenção do silêncio das maquinas no porto. O sindicato continuará as negociações perante um mediador e manterá o canal de comunicação aberto entre as partes para alcançar uma possível trégua”.

As negociações continuam entre os dois lados, com sessões agendadas para o restante da semana. O Ministro do Trabalho, afirma que as equipes de mediação federal se reuniram com os dois lados no passado e permanecem presentes e disponíveis para ajudar nas negociações.

Uma linha do tempo.

Os estivadores realizam a quarta paralisação, esta sem término programado.
Os movimentos, sócias de cruzada de braços anteriores tinham partidas e paradas programadas. Primeiro, foi anunciada uma paralisação de 40 horas de 2 a 4 de julho. Em seguida, por quatro dias, de 28 a 31 de julho. Outra de 72 horas começou às 7h de 3 de agosto.
https://www.maritime-executive.com/article/strike-paralyzes-port-of-montreal-despite-calls-for-government-action

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