21 de mai. de 2021

Qual e o obstáculo a vacinação neste porto

 Porto de Santos na crônica da morte anunciada precisará de 22 mil para cerca de 11 mil trabalhadores, 2 mil avulsos do Ogmo e 9 mil que são vinculados a terminais, Receita Federal, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Autoridade Portuária de Santos (APS).

Mas, porque o maior porto do Brasil deixou chegar a este ponto. Será reflexo da postura dos segmentos com vozes na sociedade santista e paulista, mas preocupados com a desestatização do que com a imunização de sua mão de obra.

Quando me perguntavam se a cidade estava de costa para o porto, eu relutava. Com a pandemia e com os procedimentos operacionais no plano de imunização seguido e posto em praticada pelas secretariarias de saúde do estado e das cidades em torno do porto. Infelizmente sou obrigado a aceitar tal entendimento. Pois, o que se vê e politica, a vacinação e caso de saúde respaldado em pilares científicos. Que vem sendo demostrado e que não foram realizados por parte das partes interessadas as obrigações sociais.

O que defere este porto ou esta região das ações já realizadas em Maceió (AL) e em Itaqui (MA)?

Desde fevereiro de 2021 este espaço busca demonstrar o que vários países em mais de 90 cidades portuárias realizaram. Criando um corredor de proteção, para o restante da nação, onde há contato com tripulações de vários países através de navios, imunizando seus estivadores, práticos e quaisquer profissionais que adentrassem a embarcações nacionais ou estrangeiras.

 A história e escrita pelas atitudes de cada um, agora as lives são provas da postura de cada entidade no tocante a imunização. Ou, temos estudos financiados por grupos empresarias, governamentais ou sindicais na busca da comprovação cientifica da importância da imunização deste grupo para a comunidade ao seu redor. Pois, estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio procedimento de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas e doses disponibilizadas.

Liberação de doses será debatida com o governo do Estado esta sendo debatida hoje nesta sexta-feira dia 21 maio, entre os portuários e o Governo do Estado.

Na última terça-feira 18 de maio, sindicalistas se reuniram com representantes dos Operadores Portuários e com a Autoridade Portuária de Santos (APS) para debater o tema na sede da Prefeitura de Santos. E o prefeito se comprometeu a ajudar a categoria.

Em janeiro, profissionais da área de transporte, como os aeroviários, portuários, aquaviários, motoristas de coletivos e caminhoneiros – foram incluídos no grupo prioritário para a vacinação pelo Ministério da Saúde, sem uma sinalização de quando estes trabalhadores serão imunizados.

Os portuários já realizaram protestos e podem realizar uma cruzada de braços, a exemplo dos motoristas do abc e dos metroviários de São Paulo, caso não seja divulgado o calendário de vacinação da categoria.

Não podemos esquecer que os equívocos cometidos pelo plano são-paulo ou pelo plano nacional de imunização do governo federal não foram confrontados pelo poder publico do entorno deste porto.

A exemplo "Quem define o público alvo da vacinação é o Governo do Estado. O Município só aplica as doses que são encaminhadas para os públicos que o Estado determina. Por isso, ainda não há previsão de quando os trabalhadores portuários começam a ser vacinados. Continue acompanhando as informações sobre a campanha em nossos canais de comunicação oficiais."

Ou “As autoridades governamentais, acaso decidam promover adequações do plano às suas realidades locais, além da necessária publicidade das suas decisões, precisarão, na motivação do ato, explicitar quantitativamente e qualitativamente as pessoas que serão preteridas, estimando o prazo em que serão, afinal, imunizadas”, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski .

E ai começa um procedimento que não tem explicação cientifica, ou no entender dos especialistas em plano de imunização do governo. O covid 19 e seletivo, se for um, grande equivoco de interpretação. No caso das perdas de vida no porto de Santos o número de trabalhadores com menos de 50 anos e 50% maior do que os com acima de 50 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, quando for iniciada a imunização, ela também será feita de acordo com as faixas etárias. Os portuários mais velhos, entre 50 e 59 anos, serão vacinados primeiro. Depois, os de 40 a 49 anos, seguidos pelos de 30 a 39 anos e, posteriormente, os de 18 a 29 anos. Nos portos com responsabilidade social foram vacinados na primeira leva, os trabalhadores que tem trabalham dentro das embarcações e tem contado com as tripulações e depois vão sendo imunizados os demais, terminado com os trabalhadores que ocupam funções administrativas.

Neste tema o que vem falando as vozes com responsabilidade social.

Para o médico e neurocientista Miguel Nicolelis,Brasil deveria ter feito um controle mais rígido de entrada nos aeroportos internacionais e portos e que o Maranhão "não deve ser a única porta de entrada" no país da cepa indiana (B.1.617.2) do novo coronavírus. O estado confirmou ontem os seis primeiros casos no país.

"A grande preocupação era evitar que essa variante chegasse ao Brasil porque tem causado um estrago tremendo na Índia. A identificação desses primeiros casos no Maranhão sugere que, primeiro: não deve ser a única porta de entrada; imagino outros relatos nos próximos dias, mas agora uma preocupação muito grande porque é uma variação de interesse" e mais "No Reino Unido está causando problemas sérios e não temos todas as informações das consequências que ela pode causar se se espalhar por aqui."

Falta de rastreamento

Nicolelis criticou a falta de um rastreamento de contatos pelo Brasil, o que, segundo ele, aumenta o risco de novos casos da variante se espalharem mais rapidamente.

"Eu não sei se esse navio parou em outros portos antes do Maranhão, não temos notícia. Não temos notícias se outros tripulantes desceram desse navio. Como o Brasil renunciou a fazer rastreamento de casos, uma das medidas que os países que lidaram bem com a pandemia mostraram ser vital, nós não sabemos. Não tenho ideia se essas 100 pessoas contataram outras 100 pessoas", disse.

Nicolelis relembrou que a variante que surgiu na Califórnia, nos Estados Unidos, chegou antes em Minas Gerais do que na Costa Leste norte-americana porque os aeroportos do Brasil continuaram abertos.

O médico citou que, no início da pandemia, participou de um estudo que mostrou que o não fechamento dos aeroportos internacionais brasileiros, em março do ano passado, foi decisivo para espalhar o vírus pelo Brasil.

"A cidade de São Paulo, próxima ao aeroporto de Guarulhos, o maior do Brasil, que detém o maior hub rodoviário do país, nas primeiras três semanas contribuiu com 85% do espalhamento de casos. A gente está ignorando lições que vêm de 1918, da pandemia de influenza. O Brasil recebeu o vírus da influenza por um navio mercante que chegou em Pernambuco, daí explodiu no país. Nunca fechamos o espaço aéreo da maneira correta", afirmou.

Uma coisa e certa, se quisessem vacinar já tinham imunizados os aeroportos e portos do nosso estado. Material que comprova tal obrigação social, farta e repetida em várias entrevistas por especialistas que demostram não serem ouvidos e muito menos seguidos pelos responsáveis pela vacinação em nosso estado e nem nas cidades do entorno do porto.

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2021/05/21/nicolelis-maranhao-nao-deve-ser-unica-porta-de-entrada-de-cepa-da-india.htm

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