4 de jan. de 2022

Omicron na beira do cais

 Mais um ano começa e eu me recolho diante da escada de portaló para tentar reconhecer na figura da tripulação, atenta e esperançosa. Nos últimos dois anos, marcados pela covid 19, colhemos perdas de parentes, amigos, companheiros de lingada. Sentimos na carne a carimbação da vacinação e a submissão da secretaria saúde local a secretaria do estado de São Paulo. Fizemos de tudo para vacinar a beira do cais. Só não conseguimos compreender os boicotes às vacinas contra a Covid-19 para a área de fronteira.

Ainda estamos em meio à pandemia agora atraca a Omicron. Lutamos cientificamente com planos que dependem de nossos braços e de boas políticas governamentais. Quantas vezes me vi diante deste obstáculo, brotando do rosto de um burocrata, que não consegui agir parecia um menino perdido, perguntando ao homem da capital, o que deveria fazer.

E assim vemos novamente a vida se ramificar. Por vezes, em tempos difíceis, como no surto de sarampo, passando pela radicalização da covid 19 e tudo se desertifica e desagua na omicron. Depois, de repente, ressurge o navio de passageiro. Olho, as notícias, novamente será que os gestores da área da saúde não gostam de história ou faltaram em suas aulas de educação permanente. Como acreditar no futuro, encontrar portas abertas, esquecer as mágoas, aprender com erros de sua comunidade, dizer para quem quiser ouvir: Brasil, País do Futuro. Lembrando este lema como outros países estão agindo em seus portos.

Rotterdam vacinou todos os marítimos.

A Autoridade portuária do Porto de Rotterdam, KVNR, Arbo Unie e VRC vacinaram todos os marinheiros que adentram a seu complexo portuário. A medida está em consonância com o programa KVNR de vacinação de marítimos que navegam sob bandeira holandesa ou para uma empresa de navegação holandesa. Desmontando a postura sanitária da autoridade portuária d o porto de Rotterdam sempre foi comprometido com os marítimos desde o início da pandemia, incluindo o recebimento de navios. Que foram recusados em outras partes do mundo. Além disso, o porto tem contribuído para possibilitar trocas de tripulação que não poderiam ocorrer em outro lugar. Nos dois primeiros messes foram vacinados na região de Rotterdam, 10.000 tripulantes.

 Seguindo a mesma música todos os marítimos que visitam os portos do Reino Unido são vacinados contra a Covid-19 após a confirmação do acesso aos serviços do Departamento de Saúde e Assistência Social.

Os marítimos de qualquer nacionalidade servindo em navios que visitam o Reino Unido tem direito à vacinação no Reino Unido sem a necessidade de um número do NHS ou de se registrar com um GP. Muitos marinheiros visitantes já se beneficiaram com isso, principalmente em Southampton, Tilbury, Hull, Liverpool e Fowey, onde as companhias marítimas e / ou organizações de bem-estar dos marítimos fizeram acordos com as secretarias de saúde municipais.

Os marítimos são incentivados a abordar seu empregador, entrar em contato com o centro de marítimos local ou acessar um posto de vacinação do NHS no centro quando no porto.

 Mas perto e em nosso continente, mas perto de nossa realidade. O Chile aplicará uma quarta dose da vacina contra a covid-19 em seus trabalhadores portuários e a terceira dose nos marinheiros que atracarem em seus portos.

Enquanto isso nesta terra magnifica que tudo que se planta, mas governadas por indivíduos que fazem as coisas acerca de Orelhada.

 Milhares de passageiros tiveram a viagem cancelada pela Ômicron. São três cruzeiros que circularam no país com casos confirmados de Covid-19. No navio MSC Splendida, no Porto de Santos, litoral de São Paulo. A embarcação já havia sido notificada desde o dia primeiro de janeiro sobre a suspensão do embarque e teve sua operação interrompida, com passageiros isolados em suas cabines. No Rio de Janeiro, passageiros e tripulantes que viajavam no navio foram impedidos de desembarcar depois da confirmação de 78 infectados. E o jeitinho foi repetido no Costa Diadema, foram diagnosticados 68 casos e no MSC Preziosa, com mais de uma dezena de casos.

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