O governo espanhol altera o regime de trabalho dos estivadores nos portos. Os novos artigos restauram um sistema semelhante ao anterior à decisão europeia de 2014, que forçou a liberalização da estiva. Com a mudança, o respeito profissional é devolvido aos estivadores, ao permitir que o acordo coletivo estabeleça “as especificações necessárias” para a atividade.
A emenda define os centros de emprego portuários(OGMO) com
uma fórmula para atender às necessidades no embarque e desembarque de mercadorias.
Esses centros, que serão de propriedade conjunta de empresas e trabalhadores
que “contribuirão para a manutenção do emprego e garantirão o respeito
profissional. Ou seja, está fechado o caminho da precarização sonhada pelos
operadores portuários, possibilidade de demissões coletivas. Na prática, os
centros de cada porto se reconfiguram como a empresa que controla a contratação
e, ao vinculá-la ao acordo coletivo e à força dos trabalhadores, restabelece-se
o respeito profissional dos estivadores.
No entanto, nem tudo e ouro. A decisão determinava que os
trabalhadores pertencentes à Sociedade Gestora de Estivadores Portuários
(Sagep) não poderiam ser obrigados a contratar prioritariamente. Assim, o texto
legal passa a incluir a possibilidade de contratação de pessoal de empresas de
trabalho temporário e estabelece que a adesão das empresas aos centros de
emprego portuário é voluntária. Mas se fizerem esta opção por terceirizar,
perderão o acesso prioritário a pessoal qualificado, algo muito prejudicial em
momentos de alta demanda. Além disso, na prática, a possibilidade de
contratação de trabalhadores de fora do sistema portuário será limitado. Desta
forma, os novos centros de emprego portuário serão muito semelhantes ao Sagep
que foi abolida em 2017, pelo Governo liberal de Rajoy .
O governo espanhol acredita que lançou as bases para que a
estiva possa evoluir em clima de paz social é dar um pouco mais respeito
profissional aos estivadores.
Uma coisa e certa quando o trabalhador consegue respirar os
neoliberais vêm com faca na caveira.
Ao reforçar a falta de concorrência entre os trabalhadores,
as empresas suportam custos laborais mais elevados. Isso é especialmente
sofrida pela paralisação dos navios por falta de estivadores lhes causaria
maiores prejuízos econômicos. Justifica-se a perda de competitividade que os
custos laborais mais elevados lhes podem causar.
Enquanto isso, a classe média é excluída da reforma. A
norma, que nasceu do Ministério do Consumidor, foca seu conteúdo na correção de
situações de indefesa para proteger grupos vulneráveis. Mas são poucas as
medidas para as famílias classificadas como “super pagadoras” por arcarem com
altas despesas mensais e escalada de preços sem nenhum tipo de auxílio ou
redução de impostos.
O Se observarmos a natureza, por exemplo, as flores utilizam
seus coloridos para atrair ou afastar insetos. Os países, por exemplo, fazem
guerras por honra, para defender interesses, os sindicatos fazem negociações
esperando que os donos de empresas tratem dignamente os trabalhadores, as
pessoas lutam por condições melhores de vida, sejam trabalhando, estudando, ou
os dois, para se sentirem aceitos e prestigiados e ainda, encontrar satisfação
através do trabalho.
Seria então prestígio um sinônimo suficiente para expressar
respeito?
Dessa forma chegamos à palavra honra, que tem um “quê” de
antigo, fora de moda, mas é fundamental para a vida social. A honra antes de
tudo é um código de conduta que nos obriga a determinadas atitudes como, por
exemplo, quando se dirige uma escola infantil, ou de jovens, ou uma casa para
idosos, uma empresa e mesmo um sindicato, a seriedade, as responsabilidades e
cuidados, que cada caso requer.
Portanto, reconhecimento, respeito, dignidade, status,
prestígio, honra, ética, são todos os valores inerentes ao ser humano no
trabalho, enquanto a maneira de praticar esses valores difere de cultura para
cultura, de um sistema, quer seja político ou econômico, para outro.
Falta ética por parte do empresário do setor portuário por
de forma concreta aos olhos do mundo, questionar o estivador. Até porque existe
uma grande ambigüidade, pois, ao ir aos tribunais ele usa advogados e não
engenheiros ou arquitetos enquanto a interpretação é “Respeite os outros”. Ele
não contesta estes profissionais. Mas quando as circunstâncias econômicas são o
desejo de maneira subjetiva, qualquer cidadão que nunca trabalho no porto pode
ser estivador. Uma convicção que e ouvida em portos de vários continentes.
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