3 de abr. de 2022

Agora o trabalhador e sindicalizado na Amazon.

Muitas pessoas contribuíram com análises do que aconteceu e o que isso pode significar para a organização trabalhista. A mídia apaga ou destroce os sucessos sindicais, mas, por outro lado, coloca em letras garrafais na primeira página os fracassos e eles tendem a ser pintados com o mesmo pincel largo pode ser irritante, mas não é surpreendente, a postura e para beneficiar seus patrocinadores.

A Amazon fez tudo o que pôde para impedir o movimento sindical; nenhuma surpresa aí. Isso é o que os capitalistas fazem, qualquer coisa mesmo que vai de coagir ou intimidar seus funcionários e se for parar para pensar é insignificante em comparação com o que os patrões ja foram capazes e dispostos a fazer, até e inclusive assassinato. Ou no procedimento da Ford e da General Motors que empregavam redes de espiões e vigilantes na empresa que garantiam que os sindicalistas fossem espancados e demitidos, e as listas negras garantiam que não encontrariam emprego em nenhum outro lugar.

A International Harvester, foi a pioneira nas táticas de pressão, cartas para funcionários condenando lideranças sindicais, recompensas para colaboradores “leais” e as piores funções para apoiadores do sindicalismo.

Mas não podemos presumir que, se de alguma forma empresas como a Amazon pudessem ser impedidas de intimidar seus funcionários (o que nunca vai acontecer de qualquer maneira), os trabalhadores imediatamente se juntariam aos sindicatos.

Não precisamos de um movimento sindical que seja popular para organizar a Amazon; precisamos de um que demonstre aos gestores da empresa a sua obrigação de dar dignidade social aos seus trabalhadores.

A primeira etapa para isto se tornar realidade já deu seu primeiro passo. Não e uma resenha de um material mágico dos filmes da Disney. Mas ontem, o improvável tornou-se o mais provável quando o grupo de trabalhadores que compõem o Sindicato dos Trabalhadores da Amazon assumiu a liderança em uma eleição sindical em um armazém em Staten Island, Nova York, colocando ao alcance uma vitória trabalhista histórica no gigante corporativo.

 Antes da contagem dos votos, a maioria dos repórteres havia descartado as chances do sindicato independente, tratando a organização como uma curiosidade na melhor das hipóteses. “Acho que fomos esquecidos”, disse a tesoureira da ALU, Madeline Wesley, na noite de quinta-feira. “E acho que isso termina amanhã quando formos vitoriosos.”

 

A ALU conquistou uma vitória decisiva hoje, vencendo por ampla margem para criar o primeiro local de trabalho sindicalizado na extensa rede de centros de atendimento, entrega e triagem da Amazon nos EUA. As instalações da empresa estão concentradas em áreas metropolitanas de Nova York, Chicago e Los Angeles Angeles, abrindo caminho para mais vitorias.

A votação foi de 2.654 a favor da formação de um sindicato para 2.131 contra. Houve 67 cédulas contestadas e 17 anuladas; 8.325 trabalhadores estavam aptos a votar.

O que demostra que a caminhada e longa, pois, o procedimento do capital posto em prática pelos gestores afastou um contingente significante de trabalhadores de decidirem seu futuro junto a comunidade que residem.

“Queremos agradecer a Jeff Bezos por ir ao espaço, porque enquanto ele estava lá estávamos organizando um sindicato”, disse o presidente da ALU, Chris Smalls, após o anúncio dos resultados oficiais.

O Pleito

Quinta-feira à noite no Brooklyn, depois que as primeiras seis das 10 urnas foram contadas, os trabalhadores não estavam acreditam.

“Parecia um tiro no escuro”, disse o vice-presidente da ALU, Derrick Palmer, “Mas nós simplesmente fomos lá e fizemos isso – trabalhadores, sindicalizando o segundo maior empregador privado do país.”

Para realizar o feito impressionante, mais claro ficava que nem magia, nem sorte tinham nada a ver com a vitória do sindicato; foi o papo reto de trabalhador para trabalhador que obteve os votos necessários.

O sindicato contou com o apoio de voluntários de vários sindicatos e grupos comunitários para administrar uma operação telefônica e nas mesas do lado de fora das instalações onde liam e discutiam os problemas de seus locais de trabalho.

A credibilidade alcançada junto aos colegas de trabalho. Demostrou ser um grande escudo, pois, quando a Amazon tentou retratar o sindicato como ser negativo, os argumentos de seus consultores altamente pagos falharam, porque os trabalhadores levavam suas perguntas para seus colegas de trabalho da ALU.

Estamos falando de uma local de trabalho que não parou durante a pandemia de Covid e como procedimento de caça aos sindicalistas, a Amazon demitiu por supostamente violar os protocolos da Covid.

O que deu uma face coletiva ao movimento social de dignidade aos trabalhadores.


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