Os estivadores compõem o contexto portuário imerso em uma logística de trabalho interligada independente do patrão com um “modo de vida” e “práxis” coletivas que colide com o livre mercado dos profissionais liberais, especialistas em redução de custo a qualquer custo. Que infelizmente tem o perfil dos gestores da gestão da mão de obra portuária.
Na história da estiva a velha guarda foi rotulada pela mídia que possui lado, o lado do patrocinador, de “tubarões”. Mas hoje este vulgo não, mas pertence ao estivador ele está nos homens e mulheres que fazem a gestão dos portos. E neste entendimento criaram as leis de modernização portuária, o OGMO, as escaladas digitais, o descaso de 11 horas e a vinculação. Mas para o último ser uma imposição impediram os estivadores de acessarem as formações do ensino marítimo profissional marítimo para portuários da marinha do Brasil, primeiro passo obrigatório para cumprir o artigo da lei 8630/93 sobre a multifuncionalidade.Passado 29 anos da publicação desta lei no maior porto do
Brasil temos na sua beira de cais bagrinhos agora cadastros do OGMO, com mais
de 15 anos como suplentes, trabalhadores eventuais dos estivadores.
Em 1972 quando Sarti em sua dissertação de mestrado
demostrava a relação dos tubarões com os bagrinhos, passados 50 anos. A raiz do
termo “bagrinho”, designando aquele que se alimenta dos restos dos “tubarões”,
hoje estes tubarões não usam macacões ou jardineiras e nem fazem lingada, mas
usam ternos, gravatas e saltos altos, mas não fazem nenhuma lingada.
. Em 1998 joresimao descrevia a briga dos bagrinhos contra o
OGMO. “A Postura patronal defendida pelo órgão gestor de mão de obra, quebra a
simetria dos trabalhadores. Será a vinculação o pendulo e a faca na cabeça dos
homens da beira do cais, nesse sentido não haveria vinculado fazendo dobra. A
estiva não e um local de trabalho para o trabalhador comparecer quando quer,
mas, pelo contrário e quanto tiver navio, por isso é necessária dedicação
diária. Em sintonia com o desenvolvimento de equipamentos, tecnologias e
processos na atividade portuária, o Ogmo não está proporcionando aos
trabalhadores portuários de cadastro de estiva sua evolução profissional. Que e
traduzida em conforto, segurança e rapidez na busca do crescimento profissional
“.
Para outros os operadores portuários de Santos se tornaram o
POLVO e o OGMO é nada mais que um dos seus tentáculos, para explicar as brigas
a partir da década de 90 para os bagrinhos se tornarem registros.
Como a mídia demostra sem nenhum pudor o seu lado reforçando o discurso empresarial que precarizou e precariza os bagrinhos da estiva de Santos.
NÓS MATRICULADOS DO SINDICATO DA ESTIVA DE SANTOS ESTAMOS
AQUI, PEDINDO AOS SRS. QUE COLABOREM, COM A NOSSA LUTA, NESTA QUESTÃO DE SERMOS
MATRICULADOS DO SISTEMA OGMO.
SRS.. SOMOS O FUTURO DESTA HONRADA CATEGORIA.
NA PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO QUE OCORRERA SEMANA QUE VEM, PEDIMOS
HUMILDEMENTE QUE OS SRS, POSSAM NOS AJUDAR NESSA MISSÃO QUE É DE SUMA
IMPORTÂNCIA PARA A CATEGORIA TODA. PARA O PRESENTE E FUTURO DA ESTIVA DE
SANTOS, CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS OS SRS. ASSOCIADOS A VOSSAS PRESENÇA
NOS ORGULHAR MUITO,
DESDE JÁ FICA AQUI NOSSO RESPEITO E CONSIDERAÇÃO.
MATRICULADOS DO SINDICATO DA ESTIVA DE SANTOS.
#Precarizar. Fazer com que algo se torne precário, em
péssimas condições, de maneira que não se pode usar. Tornar instável, sem
garantias; deixar incerto.
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