20 de ago. de 2022

A requisição civil do Lock Out patronal Portuário Lisboeta

 A ação solicita a prisão e deportação para a colônia penal dos participantes desta parceria, publico privado. O meu espírito eleva-se acima do meu cadáver que já começa a ser mordido por cães vadios, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Ao ver e presenciar um acordo a la Alves dos Reis, o maior burlão da História.

Mas deixo com meu patrício as palavras

“Ainda hoje não entendo o silêncio dos políticos numa insolvência proveitosa no 1.º estado de emergência nos terminais portuários de Lisboa.

Para tu ficares no sofá nós tivemos uma requisição civil com um Lock Out patronal numa concessão do estado. Resultado? De 6 a 31 anos de processo se forem usados todos os recursos.

Só para entenderes a gravidade da coisa muitos de nós nem tiveram subsídio de desemprego mesmo tendo milhares de euros em descontos na Seg-social. Porquê? Porque ninguém foi despedido com as respetivas declaração. Resultado? Ninguém foi despedido, estamos naquela linha do NIM.

E tu no sofá a veres Netflix e a cantares numa janela enquanto uns lutavam por direitos constitucionais.

31 anos para ver os meus direitos reconhecidos? Daqui a 31 estou num caixão e ainda não saiu uma deliberação da justiça portuguesa.

E tu continuas a achar normal este silêncio dos partidos políticos?

Onde andam estes que incentivavam á luta de direitos? Porque se calaram todos? A bota não bate com a perdigota.

Sem estado de direito democrático e vivendo uma requisição civil para alguns ficarem no sofá, o coração da economia da grande cidade de Lisboa sofre de problemas crónicos silenciados e escondidos pelas oligarquias que tutelam e alugam concessões do estado.

Falo dos terminais portuários de Lisboa.

Usou-se o estado de emergência para retirar direitos, abusou-se do estado de emergência para violar leis, acordos e até contratos coletivos de trabalho. O crime só é crime se não vestir terno e gravata caso contrário é um jogo de poder onde quem transporta a pasta deveria ser ouvido e questionado.

Já lá vão mais de dois anos e até hoje direitos constitucionais são utopias com promessas de justiça onde o dinheiro silencia até quem gosta de Maseratis.

Alguém já se imaginou a ser despedido sem ser despedido? Alguém já se imaginou a ter uma requisição civil e no entanto ser a própria entidade patronal a violar essa requisição civil? Alguém já viu insolver uma empresa e abrirem no dia seguinte uma ao lado igual e violando acordos e contratos afasta-se 160 trabalhadores e contrata-se 160 temporários? Alguém já sentiu na pele querer recorrer a um simples subsídio de desemprego mas como ninguém foi notificado com o modelo RP 5044/2018 da DGSS ninguém o pode requerer.

Já sentiram isto na pele?

Naquela altura usou-se a desculpa do confinamento para não se lutar por direitos e agora que já ninguém está confinado porque não se mostra ao país o que fizeram estes empresários que alugam os terminais portuários.

Vamos deixar que o silêncio apodreça a verdade?

Vamos deixar de lutar por direitos e vamos ser os novos escravos? Eu quero os meus direitos de volta! As empresas dos terminais portuários de Lisboa até podem fechar e nunca mais querer ouvir falar do ESTIVADOR mas eu nunca me calarei! Paguem os crimes que cometeram e que se saiba a verdade do que fizeram estes operadores aos seus trabalhadores com consentimento do ministro que tutela esta vergonha.



Eu quero os meus direitos de volta!

Que se culpe os responsáveis e que se responsabilize os culpados.

Silêncio? Silêncio?

Eu não quero silêncio, QUERO JUSTIÇA!

Os estivadores de Lisboa, para felicidade da "Dança dos Demónios", foram jogados nus com a mão no bolso na muralha do rio Tejo. E se romperem o silêncio fálico, num nítido diálogo social. Os estivadores sofrerão uma verticalizada na intensidade do desejo de “apreciar”, ou melhor, de deleitar-se do estado português em ganhar com a precarização de seus trabalhadores. Num regozijo do livre mercado.

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