7 de jul. de 2020

A Impassível Escalação

O novo perfil que gerencia o trabalho portuário aplica contradições na beira do cais.
Eles crescem nos bancos da faculdade e das escolas técnicas e em seus TCCs não pintam um futuro digno aos Trabalhadores portuários avulsos. 
Embora com muito conflito e resistência, os estivadores se modelaram as determinações da lei 8.630/93, da Lei 12.815/2013 e da MP 945 precarização do trabalho portuário.

Essas transformações impactaram no dia a dia da parede acarretando uma alteração nas relações culturais descaracterizando seu papel. O que se viu foi uma apropriação de regras como numa maquiagem  e não uma modernização ou mesmo uma transformação de um novo procedimento?

Esta cultura profissional em questão não foi levada em conta na escalação digital, nesta nova organização do processo de trabalho portuário trazendo mudanças significativas para o saber/fazer do trabalhador portuário avulso (TPA), impondo uma perda a este trabalhador, impactando nas suas relações sociais de trabalho. Esta modalidade sem o devido respeito profissional gera prejuízo financeiro ao TPA que têm a consciência de que precisam de uma escala que respeite sua profissão desde que este processo de modernização da parede carregue as características de cada função laboral no terno ou de carga em cada escala e mesmo no caso do conexo. Trampo de grande dispêndio de força física na fixação de cargas.

Tenha instrumentos que reduzem os prejuízos financeiros que possam surgir por equívocos eletrônicos. A fiscalização pelo trabalho neste processo de transformação permiti a esse trabalhador na faixa portuária tomar a consciência sobre o próprio processo de mudança em que ele está envolvido.

Os equívocos (sequencias) de um sistema inviolável. 
Sob este aspecto conven analisar a obrigação de um fiscal sindical de escalação na sala mãe junto ao sistema do provedor para barrar os equívocos que geram dor de cabeça aos estivadores.
Com relação às transformações da escalação, que esta tornando estivador em um desempregado avulso dos novos tempos.

Considera-se que o trabalhador avulso da faixa portuária tem que descansar obrigatoriamente 11 horas, por este empecilho não pode ficar restrito a não ter o reconhecimento do seu desempenho das suas funções laborais, por aspectos de fora do padrão. A partir disto e necessário destacar a importância de indenização ao estivador, causadas por equívocos de escalação, problema infelizmente corriqueiro.
Profissão onde a preocupação era voltar do cais para casa, para se juntar ao aconchego da dona da bela saboneteira e nadar junto dela, sem maiores problemas se tornou secundário perdeu espaço para a dor de cabeça para poder se escalar.“Stress” este que supera a capacidade de conviver com riscos operacionais de um dia impassível.

5 comentários:

  1. Sinceramente não consigo entender essa resistência à escalação eletrônica.Talvez por desconhecer a realidade do porto de Santos. A escalação eletrônica aqui em Vitória é realidade há mais de 25 anos e quem primeiro a implantou foi sindicato de trabalhadores isso antes da existência do Ogmo. A minha não compreensão dessa resistências, e já ressalvei meu desconhecimento da realidade Santista, deve-se ao fato de que com certeza não haverá um só avulso capixaba que abriria mão da escalação eletrônica.

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    1. Acrescento ao meu comentário acima que o pioneirismo foi do Sindicato dos Conferentes que manteve na escalação eletrônica as mesmas regras da presencial e que ao perder essa prerrogativa transferiu o software para o Ogmo mantendo dessa maneira as regras praticadas.

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  2. Então o autor do texto, acima é a favor de ver os trabalhadores sendo tratados como animais, encurralado por sistema desigual onde se beneficiava...na melhor escolha,de trabalho uma minoria é claro que precisa de ajustes... mesmo assim está agradando a maioria...

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  3. Este camarada aí a favor da escala eletrônica nada mas e que um puxa saco do patrão e do ogmo. Onde já se viu escala eletrônica ser boa,aqui a escala você travando e dando prejuízo ao trabalhador

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